Continuando nosso papo da série Marketing Digital e Outras Coisitas Mais hoje vamos falar sobre redes sociais, sites e apps.
Vamos começar pela mais complexa delas, as redes sociais; sem entrar na discussão sobre a privacidade de dados, porque isso por si só já renderia uma série de artigos.
REDES SOCIAIS
Para fazer uma conceituação rápida, rede social nada mais é que uma sala cheia de gente, onde as pessoas conversam, trocam experiências, falam da própria vida (muito) e compartilham conteúdos. Essa sala é a internet e a chave da porta é seu smartphone.
Quando falamos de marcas e empresas, as redes sociais encurtaram o caminho com os consumidores. Se tornaram ferramentas poderosas de contato com clientes e potenciais clientes. Além disso ainda são um caminho mais barato do que outras mídias para divulgar seus produtos e sua marca.
Segundo pesquisa da Geometry: “90% dos usuários de redes sociais são influenciados a comprar um produto após verem conteúdos nestas redes”.
Algumas dicas rápidas sobre redes sociais e aí vamos falar brevemente de cada delas e no que são melhores:
- Quando você considerar as redes sociais saiba em que tipo de conteúdo aquele canal é mais forte. Não adianta por exemplo fazer um post cheio de textos em uma rede como o Instagram, que é essencialmente visual;
- A maior parcela de usuários acessa as redes sociais através do celular, então pense que seu conteúdo será visto e lido em uma tela pequena e não em um computador. Não faça textos muito extensos;
- Preferencialmente termine com um call-to-action, ou seja, uma ação que o usuário vai tomar para continuar em contato com sua marca. Pode ser um link de compra, um link para seu site, seu blog. O importante é continuar essa conversa;
- Otimize as imagens para que sejam vistas por inteiro na tela mobile. Um erro muito comum, é a cover (capa) do Facebook. Normalmente ela é produzida nas medidas de exibição em computadores, e quando vai para o mobile, acontece isso:
Aqui você perdeu a mensagem. A Frase: “una estadia única” não aparece pelo celular, a mensagem não é entregue.
Já esse, é um bom exemplo de como fazer. A imagem foi pensada para as dimensões dos celulares.
Isso é muito simples de se fazer. No caso do Facebook, ele tem um guia com todas as medidas, clicando aqui.
São pequenos cuidados, que podem fazer toda diferença na experiência de contato do usuário e potencial leitor/cliente com sua marca e seus livros.
ANÚNCIOS
Outro ponto importante nas redes sociais são os anúncios. Está cada vez mais difícil atingir um público grande de maneira orgânica através destes canais. Se você optar por fazer anúncios (que podem começar com investimentos de R$ 1,00 e vão até quanto seu caixa permitir) lembre-se sempre da coisa mais importante: SEGMENTAÇÃO!
Não adianta você fazer um texto legal, uma peça bonita e não acertar a mão na segmentação. As redes sociais têm ferramentas que te permitem ser bem preciso nisso e encontrar o grupo que realmente lhe interessa.
Uma dica importante: quanto mais aberta for sua segmentação, por exemplo: mulheres de 18 a 65 anos no Brasil, mais caro vai ser seu anúncio. Por que? Porque você estará disputando com muitas marcas para estar na timeline daqueles usuários. Portanto, segmentação é o passo mais importante na estratégia de anúncios.
Se você optar por conquistar essa visibilidade de forma orgânica, algumas dicas são importantes:
- Tenha recorrência de postagem (as redes exibem mais as páginas que produzem conteúdos de maneira recorrente, e não 1 post por semana);
- Interaja com os comentários em suas postagens. A principal ideia das redes sociais é fomentar o diálogo e não produzir um monólogo marca > cliente;
- Número não é tudo, comunidade é o que importa;
- Crie conteúdos de acordo com as características de cada rede.
Vamos então falar da característica de cada rede.
Vou colocar aqui um material do YOUPIX muito interessante sobre a característica de cada rede e o que é mais importante em cada uma delas.
Já é um bom começo para saber como construir suas estratégias e em qual rede focar em cada uma das ações. Por exemplo, se você vai publicar um livro que fala sobre saúde, bem-estar, vida saudável, o Instragram é uma rede perfeita para disseminar este conteúdo. Já se você está falando de livros de negócios, o Linkedin tem crescido muito em conteúdo e pode ser um bom lugar para você pensar sua campanha.
Claro que não estou falando de usar somente uma das redes, mas de otimizar o conteúdo para cada uma delas. Por favor não cometa o erro de produzir um único texto e postar igualmente em todas as redes sociais. Isso é um grande tiro no pé. Parece otimização de tempo em um primeiro momento, mas se torna uma estratégia de perda de relevância e audiência a médio e longo prazo.
SITES
Vamos falar de sites, algo que para as gerações mais novas até parece uma coisa do século passado.
Antes de construir ou revisar o seu site (caso você já tenha um), o importante é sempre saber qual o objetivo do site. Vai ser um site de vendas e e-commerce? Você quer um hub de conteúdo, onde autores e convidados vão escrever com frequência? Ou apenas um site institucional que apresente sua empresa, seu catálogo e direcione para as varejistas parceiras?
Claro, você pode também ter um pouco de cada uma dessas coisas.
Mais uma vez, se lembre que é muito importante considerar a experiência mobile em seu site. Os acessos se dão cada vez mais através de celulares e todo mundo já entrou em um site pelo celular que não era pensado para o mobile. Fica horroroso e você rapidinho desiste de navegar.
Isso se torna ainda mais importante se você estiver direcionando audiência de suas redes sociais para seu site. Provavelmente aquele usuário está em uma navegação mobile e, se quando for direcionado para seu site cair em algo pensado só para o desktop, com certeza vai abandoná-lo e aí você perdeu um interessado nos seus livros.
Vou colar aqui um site que foi muito bem pensado para o desktop e para o mobile. Porque claro, a ideia é que a experiência de quem entra em seu site seja ótima nas duas opções.
Versão desktop
Versão Mobile
Sites até um tempo atrás eram coisas muito caras, mas hoje já existem ferramentas que facilitam muito a construção de um site. Claro, vai depender da complexidade e da quantidade de conteúdos.
O Wix por exemplo é uma ferramenta gratuita e que não exige experiência em programação para que você consiga rapidamente colocar um site no ar. Parece que você está editando um PowerPoint. Eles têm inclusive um editor onde você edita a versão desktop e mobile e tem templates prontos, você pode inserir um monte de elementos gráficos, imagens, etc.
Para quem quiser saber mais, clique aqui.
Uma vez o site construído e otimizado, você vai precisar pensar no SEO (search engine optimization), uma ferramenta para destacar seu site e tornar mais fácil que as pessoas o encontrem. Para isso, eu recomendo a leitura do artigo do meu sócio Bruno Mendes: Perdidos no mar de dados, onde ele explica passo a passo como fazer um SEO eficiente.
Lembre-se também que o site é um cartão de visitas vivo, que precisa ser atualizado e renovado constantemente. Não adianta você construir seu site, colocar no ar e voltar 10 anos depois para ver o que está acontecendo.
APPS
Apps são sempre uma polêmica e uma grande dúvida. Devo construir um? Afinal quase tudo é app hoje.
A grande verdade é que a maioria das empresas resolveria esta questão construíndo um hotsite, uma landing page ou mesmo utilizando as redes sociais.
Por que digo isso?
Pense o seguinte: você usa muitos apps hoje em dia, mas em sua grande maioria você não pagou por eles. Facebook, Instagram, Waze, Whatsapp, etc etc. Eles são grátis para o usuário e o modelo de monetização está pautado em anúncios ou (sem julgar) em venda de dados.
Se você fizer um app para sua marca ou seu produto, você primeiro terá que pensar em um modelo de monetização, de como ganhar dinheiro com ele e, posso afirmar, mesmo empresas gigantes ainda não tem essas respostas na maioria dos casos. Muitas adotam o modelo freemium: parte do conteúdo grátis, parte pago. A grande questão é que pouquíssimas pessoas vão para o modelo pago.
O Google divulga números sobre a Google Play, sua loja de apps, e sempre, a maioria absoluta de downloads (algo como 97%) é de apps grátis.
Adicionalmente a isso, existe uma outra questão: você ter um app próprio para seu conteúdo significa você pedir que o usuário saia dos apps que já está usando, baixe o seu e vá para um novo ambiente, seu app. Precisamos aqui também levar em consideração o fato de que no Brasil muitos smartphones tem memória limitada e não suportam muitos apps. Entre o Whatsapp e o seu app, adivinha qual o usuário vai escolher!
Esta não é uma estratégia inteligente, já que a maior parte da audiência está nos apps de redes sociais, onde você pode distribuir seu conteúdo, engajar sua comunidade e fomentar suas vendas com um investimento muito menor.
Mas vamos supor que você tenha achado um modelo de monetização legal, tenha convencido as pessoas a baixarem e – mais importante – usarem seu app.
Aí vem uma outra pergunta: você tem caixa para fazer um investimento em um app? Um app, mesmo que simples, dificilmente custa menos de R$ 30.000,00 para ser construído, além dos custos de servidor e manutenção. Quantas coisas você consegue fazer com esse dinheiro, ou muito menos, usando redes sociais, sites, blogs, influenciadores, etc.
Se você se perguntar mesmo, vai ver que na maioria dos casos uma estratégia legal de conteúdo em redes sociais, ou até mesmo uma landing page - um site de uma página só sobre um conteúdo, um assunto ou um livro específico - é a solução.
Para se ter uma ideia de landing page, clique aqui.
Portanto, uma estratégia bem pensada de redes sociais e um site bem construído, atualizado e pensado tanto para o desktop quanto para o mobile são ferramentas poderosas para suas ações de marketing. Vamos deixar os apps para a galera da Califórnia, no vale.
Texto originalmente publicado em www.publishnews.com.br
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